quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ciência da Computação


Apesar da popularização da informática e da internet, ainda é muito comum as pessoas desconhecerem o que faz e o que estuda um Cientista da Computação, inclusive entre os vestibulandos que almejam este curso, há muitos que não tem noção do que irão aprender e quais são as perspectivas para quando estiverem formados.

Pensando nisso resolvi escrever esse post usando um pouco da minha própria experiência como exemplo.

Eu sou formado em Direito e mesmo tendo a oportunidade de seguir carreira nessa área tão procurada, preferi dar um imenso passo atrás, prestar vestibular novamente e cursar Ciência da Computação, que sempre fora uma paixão e que sempre me despertou curiosidade e entusiasmo.

Logo no primeiro período eu e meus colegas fizemos algumas descobertas sobre o curso:

  • Diferente do que muitos pensam, Cientistas da Computação não aprendem a consertar computadores.
  • Durante o curso, em especial no começo, poucas serão as disciplinas nas quais se usa um computador.
  • Cálculo é extremamente importante(e difícil), portanto é bom estar preparado e motivado.
  • Não se aprende a mexer em programas como editores de texto, planilhas etc.
  • Assim como todo curso acadêmico, temos matérias que fogem um pouco ao foco principal do curso, como Metodologia Científica, Inglês Instrumental etc.

Esses, dentre outros equívocos, foram responsáveis pela evasão de aproximadamente 20% da minha turma, logo no primeiro período.

O curso possui três habilitações:
  • Programação
  • Análise e Desenvolvimento de Sistemas
  • Bancos de Dados

O primeiro contato com a programação também é grande motivo de evasão e de reprovação nos primeiros períodos. A programação é tanto uma ciência quanto uma arte, e como tal pode produzir resultados ótimos e apreciáveis ou rabiscos incompreensíveis e inúteis.

Para ser um bom programador, é necessário um bom raciocínio lógico, visto que se terá que administrar muitos fatores para que o programa funcione e execute aquelas tarefas a que se propõe.

Assim como em qualquer área de atuação, na programação é necessária muita dedicação, pois como diz o jargão, "só se aprende a programar programando". Some-se a isso o fato de que existem linguagens de programação que diferem bastante umas das outras, tanto em termos de ferramentas, quanto em termos de uso. Por isso o programador precisa escolher o caminho que mais se enquadre em seu perfil e se dedicar, pois essa experiência que ele acumula durante e após o curso é que vai determinar o sucesso dele na área.

Mas nem tudo é programação, os Analistas de Sistemas, que em muito se assemelham aos Administradores de Empresas, são aqueles que não necessariamente são experts em programação ou bancos de dados, porém têm grandes habilidades organizacionais e conseguem gerir recursos e pessoas com o fim de criar e manter sistemas. Nesse sentido se destacam os Gerentes de Projetos, que em muitas empresas chegam a ocupar cargos que costumavam ser exclusivos de Administradores.

Não nos esqueçamos da área de Bancos de Dados. O que seria das empresas e dos usuários se não fosse essa poderosa ferramenta. Pensem em como era gerir uma multinacional quando toda a informação era guardada em papel. O profissional em Bancos de Dados, não só tem que garantir o "estoque" de informações, como tem que cuidar para que estas informações estejam disponíveis da forma menos dispendiosa e ao mesmo tempo da forma mais segura possível.

Além dessas, existem muitas mais especialidades que ainda estou começando a conhecer mas que parecem bastante interessantes, como Redes, Inteligência Artificial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário